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Irmão do Jorel: um desenho nacional

Tenho um grande amor por desenhos animados, sejam exibidos na TV ou no Youtube (menção honrosa para Cueio, Raposinha Sapeca e Dragão Mendigo). Sem dúvidas, a exibição de animações nacionais no Cartoon Network me deixou encantada, principalmente com uma de suas novas atrações, o Irmão do Jorel.

O irmão do Jorel chama-se... bem, ninguém sabe. A figura do pequeno é incrivelmente oculta na sombra de seu irmão mais velho. O fato da existência do menino do cabelo crespo não ser ignorada por completo também se deve ao parentesco com o "lindo, cósmico, deus grego-tupiniquim" Jorel, fato exaltado em todos os episódios.

Mas tal problema dificilmente afeta "aquele que não tem nome", que vive sua vida de criança na bizarra década de 80, com direito a todos os marcos infantis pelos quais passamos. Entrando assim em aventuras completamente insanas. Ah, mencionei a família tragicômica no qual o personagem principal está inserido?

Um pai excêntrico, uma mãe desregulada da cabeça, um irmão headbanger (oposto completo de Jorel na questão de beleza), uma vovó verde adorável - a qual aparenta ser a versão humana de Dona Tromba, do show Hora da Aventura -, uma vovó roxa rabugenta e o Jorel, que simplesmente não tem falas.  

Junto com situações infantis muito engraçadas, a unidade familiar um tanto comum e ao mesmo tempo incomum (levante a mão quem tem uma vovó roxa e uma vovó verde, por favor) forma uma bagunça de bom gosto e resultam em um autêntico espetáculo de Juliano Enrico.

Eu acredito que o Irmão do Jorel tem um potencial muito grande e que deve conquistar um público interessante no Brasil, assim como nos países hispânicos onde o desenho é exibido e nos Estados Unidos. A combinação perfeita entre doses de pira, risos, fofura contidas nos episódios me deixaram ansiosa no aguardo por novas temporadas. Simplesmente maravilhoso e amável! 

Nota: 8,3/10 (Amazing)

O desenho animado faturou um prêmio de desenvolvimento no valor de US$ 20 mil, em 2012, durante o Fórum Brasil de Televisão.

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